sábado, 16 de fevereiro de 2013

Finque raízes profundas no seu eu interior



A chave é estar em um estado de conexão permanente com o nosso corpo interior, em senti-lo em todos os momentos. Essa prática vai se intensificar rapidamente e transformar sua vida. Quanto mais consciência direcionamos para o nosso corpo interior, mais cresce a freqüência vibracional, tal qual a luz que vai ficando mais forte quando giramos o botão do dimmer, aumentando o fluxo de eletricidade. Nesse nível de energia mais elevado, a negatividade deixa de nos afetar e tendemos a atrair novas circunstâncias que refletem essa alta freqüência.

Quanto mais concentramos a atenção no corpo, mais nos fixamos no Agora. Não nos perdemos no mundo exterior, nem na mente. Pensamentos, emoções, medos e desejos podem até estar presentes, mas não vão mais nos dominar.

Verifique onde está a sua atenção neste momento. Ou você está me ouvindo ou está lendo minhas palavras em um livro. Aqui está o foco da sua atenção. Você também está percebendo o que está ao redor, as outras pessoas, etc. Além disso, pode haver alguma atividade mental em volta do que você está ouvindo ou lendo, algum comentário mental, embora não haja necessidade de nada disso absorver toda a sua atenção. Verifique se você consegue estar em contato com o seu corpo interior ao mesmo tempo. Mantenha parte da sua atenção no interior. Não permita que ela se disperse. Sinta todo o seu corpo, lá do fundo, como um só campo de energia. É quase como se você estivesse ouvindo ou lendo com todo o seu corpo. Pratique nos próximos dias e semanas.

Não desvie toda a sua atenção da mente nem do mundo exterior. Procure, por todos os meios, se concentrar naquilo que você está fazendo, mas sinta o corpo interior ao mesmo tempo, sempre que possível. Tenha as raízes fincadas dentro de você. Observe, então, como isso altera o seu estado de consciência e a qualidade do que você está fazendo.

Sempre que você tiver de esperar, esteja onde estiver, use esse tempo para sentir o seu corpo interior. Assim, os engarrafamentos de trânsito e as filas vão se tornar mais agradáveis. Em vez de se projetar mentalmente para longe do Agora, aprofunde-se no Agora ao se aprofundar no seu corpo.

A habilidade de perceber o corpo interior vai gerar um modo de vida novo, um estado de conexão permanente com o Ser, e trazer uma profundidade à sua vida que você jamais imaginou.

É fácil ficar presente como o observador da mente quando as raízes estão firmemente fincadas no corpo interior. Nada que aconteça do lado de fora pode nos abalar.

A menos que você esteja presente – e habitar o corpo é sempre um aspecto fundamental dessa prática –, a mente vai continuar governando você. O script armazenado na mente, aprendido há tanto tempo, vai ditar o modo de pensar e agir. Podemos nos livrar dele por períodos curtos, mas dificilmente por um período longo. Isso se comprova facilmente quando alguma coisa “vai mal” ou quando existe alguma perda ou aborrecimento. Nossa reação condicionada vai ser então involuntária, automática e previsível, alimentada por uma emoção básica que está por baixo do estado identificado com a mente, que é o medo.

Portanto, quando surgirem os desafios, como sempre surgem, adote o hábito de penetrar direto em seu eu interior e se concentrar o máximo que puder no campo da energia interna do seu corpo. Não leva muito tempo, só uns segundos. Mas isso tem de ser feito no exato momento em que o desafio acontece. Qualquer demora vai permitir que a reação condicionada mental e emocional apareça e domine você. Quando dirigimos o foco para o campo interno e sentimos o corpo interior, imediatamente ficamos serenos e presentes, porque estamos tirando a consciência do campo da mente. Se precisarmos de uma resposta durante essa situação, ela virá desse campo interior. Assim como o sol é infinitamente mais brilhante do que a chama de uma vela, há uma inteligência infinitamente maior no Ser do que em nossa mente.

Enquanto mantivermos um contato consciente com o nosso corpo interior, somos como as árvores que estão enraizadas bem fundo na terra, ou como um edifício com fundações sólidas e profundas. Essa última analogia foi utilizada por Jesus na geralmente incompreendida parábola dos dois homens que construíram suas casas. Um deles construiu a sua na areia, sem fundações, e quando as tempestades e enchentes vieram, arrastaram a casa com elas. O outro homem cavou fundo até que alcançou a rocha, e só então construiu sua casa, que não foi arrastada pelas enchentes.

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