sábado, 16 de fevereiro de 2013

O CORPO INTERIOR - O ser é o seu eu interior mais profundo


O ser é o seu eu interior mais profundo


Você falou sobre a importância de existirem raízes profundas dentro de nós, habitando nossos corpos. O que quis dizer com isso?

O corpo pode se tornar um ponto de acesso para o domínio do Ser. Vamos nos deter mais profundamente nisso agora.

Ainda não tenho certeza se entendi o que você quer dizer com Ser.

“Água? O que você quer dizer com isso? Não estou entendendo nada”. É o que um peixe diria, se tivesse uma mente humana.

Por favor, pare de tentar entender o Ser. Você já teve lampejos significativos do Ser, mas a mente vai sempre tentar espremê-lo dentro de uma caixa e colocar-lhe um rótulo. Isso não dá certo. O Ser não pode se tornar um objeto de conhecimento. No Ser, o sujeito e o objeto formam uma coisa só. O Ser pode ser sentido como o eternamente presente Eu sou, que está além do nome e da forma. Sentir e, em conseqüência, saber que você é e permanecer nesse estado profundamente enraizado é o que se chama iluminação, é a verdade que Jesus diz que nos libertará.

Libertará do quê?

Libertará da ilusão de que não somos nada mais do que o nosso corpo e a nossa mente. É nessa “ilusão do eu interior”, nas palavras de Buda, que está o erro central. Libertará dos inúmeros disfarces do medo, que é uma conseqüência inevitável dessa ilusão, o medo que não vai parar de nos torturar, enquanto continuarmos extraindo o sentido do eu interior exclusivamente dessa forma efêmera e vulnerável. E libertará do pecado, esse sofrimento que inconscientemente infligimos a nós mesmos e aos outros, enquanto a ilusão governar aquilo que pensamos, dizemos e fazemos.

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